PARCERIA PORTUGUESA
PARA O LIXO MARINHO

CRIAR PARCERIAS PARA REDUZIR O LIXO MARINHO

CRIAR PARCERIAS PARA REDUZIR O LIXO MARINHO: A PARCERIA PORTUGUESA PARA O LIXO MARINHO

Com o objectivo de criar a Parceria Portuguesa para a redução do Lixo Marinho (PPLM), entendido aqui como todo os resíduos que se encontram nas praias, na água e e nos fundos nas zonas costeiras, incluindo rios, estuários e suas margens, independentemente da sua origem terrestre ou marítima, a APLM elaborou em 2016 uma Carta de Compromisso a ser assinada por todos, indivíduos e organizações quer do sector público quer privado, que de modo voluntário desejam contribuir pelos métodos e tecnologia ao seu alcance, para a redução do lixo marinho.

Numa visão de parceria é necessário que este compromisso seja assumido por intervenientes de vários sectores, do quais a seguir se indicam como principais e de modo não exaustivo:

– Governo e Administração central, regional e local
– Autoridades portuárias e entidades do sector da pesca
– Entidades gestoras de resíduos e águas residuais
– Indústria do plástico, retalhistas e comerciantes
– Cientistas e técnicos
– Organizações não governamentais
– Cidadãos

A PARCERIA PORTUGUESAPARA
O LIXO MARINHO

P R E Â M B U L O

Estamos perante um momento crítico na história do nosso planeta, numa época em que problemas globais como alterações climáticas ou a poluição por lixo marinho estão na ordem do dia, e em que é cada vez mais evidente a necessidade de inverter a atual tendência de delapidação dos recursos e destruição dos ecossistemas que são afinal o suporte da vida na Terra.

De forma a impulsionar uma mudança positiva, é vital a união de esforços que tenham por base ideais de respeito pelo ambiente natural e pelos direitos humanos universais.

O conhecimento e o progresso científico contribuem para a percepção da interdependência que nos une, tornando claro que a resolução dos problemas ambientais apenas se alcançará através da cooperação entre indivíduos e organizações.

Neste sentido, a Associação Portuguesa do Lixo Marinho (APLM) incentiva indivíduos e organizações a participar ativamente no processo de criação da Parceria Portuguesa para a redução do Lixo Marinho (PPLM), entendido aqui como todo os resíduos que se encontram nas praias, na água e e nos fundos nas zonas costeiras, incluindo rios, estuários e suas margens.

A PPLM tem como missão a mitigação dos impactes negativos do lixo marinho em Portugal, sobre a saúde humana, economia e ambiente, através de medidas que visem a correta gestão e redução dos resíduos quer de origem terrestre quer marítima . Esta parceria procura também reforçar a cooperação internacional entre atores sociais, que possa levar à criação de parcerias com o mesmo objetivo, particularmente nos países de expressão portuguesa que são membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

A criação da PPLM enquadra-se no âmbito do Programa de Ação Global para a Proteção dos Ecossistemas Marinhos ameaçados por Atividades Terrestres (GPA), em particular na Parceria Global para o Lixo Marinho (GPML), lançada pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP) em 2012.

​L I X O   M A R I N H O

Descrito como qualquer material sólido persistente, fabricado ou processado, que é descartado, eliminado ou abandonado no ambiente marinho e costeiro, o lixo marinho é composto por itens que foram produzidos ou usados por pessoas, sendo deliberadamente ou acidentalmente descartados ou perdidos no mar, rios ou praias; transportados indiretamente para o mar através de cursos de água, tempestades, ventos ou por animais. O lixo marinho consiste numa ampla variedade de materiais, plástico, metal, madeira processada, borracha, vidro, têxteis, papel, e ainda produtos de higiene pessoal e de medicina, entre outros. As suas proporções no ambiente variam regionalmente, embora existam inúmeras evidências que os resíduos de plástico correspondem a 80 – 90% de todo o lixo encontrado em praias e zonas costeiras e também em rios, estuários e no fundo marinho.

S I T U A Ç Ã O   G L O B A L

Os atuais padrões de produção e consumo globais são responsáveis pelos principais problemas ambientais, causados, por exemplo, por poluição química ou desflorestação, tendo consequências imprevisíveis a longo prazo. O consumo de recursos não renováveis a um ritmo alarmante, para dar resposta às necessidades de uma população em crescimento exponencial coloca em risco a existência de inúmeras espécies, incluindo a espécie humana.

Embora os padrões de crescimento sejam complexos e com uma geografia diferenciada, é possível reverter ou minimizar os seus efeitos através duma mudança de paradigma económico, passando-se do atual modelo linear para um sistema circular. A contribuição de várias áreas de especialidade, de conhecimentos técnicos e de trabalho voluntário através do estabelecimento de parcerias, leva inevitavelmente a uma melhor educação ambiental dos cidadãos e dos decisores, contribuindo para a evolução de sistemas de produção e consumo mais sustentáveis.

O B J E C T I V O S   D A  P P L M

No sentido de contribuir para a redução dos impactes negativos do lixo marinho em Portugal, a APLM incentiva todos os indivíduos, organizações governamentais e não‑governamentais a unirem esforços na criação da Parceria Portuguesa para o Lixo Marinho, que tem como objetivo principal a redução dos impactes ecológicos e económicos do lixo marinho presente nas praias e nas águas costeiras, incluindo rios, estuários e suas margens , e promover desse modo a proteção dos ecossistemas e da saúde humana em Portugal.

Esta parceria promoverá a criação de um Comité Técnico a ser constituído por membros especialistas de distintos sectores, que acordarão os Termos de Referência pelos quais se rege a PPLM, de modo a implementar em Portugal a Estratégia de Honolulu, que estabelece um quadro global para ações concertadas entre a sociedade civil, os governos e o sector privado e muito em particular o Plano de Ação Regional da OSPAR no Atlântico Norte para a redução do lixo marinho.​

A APLM atuará como plataforma agregadora da Parceria e desenvolverá ações, em conjunto com os parceiros, para estabelecer e implementar um conjunto de boas práticas nos sectores público e privado, bem como junto da sociedade civil, abrangendo a produção, distribuição, comercialização e consumo de materiais e produtos, bem como a gestão e valorização de resíduos, para evitar que estes se tornem lixo marinho.

O desenvolvimento de novas abordagens à gestão de lixo marinho, que sejam consistentes com medidas e metas internacionais adotadas, é outro dos objetivos desta parceria.

​P R I N C Í P I O S

Tendo como ponto primordial o Compromisso de Honolulu, assinado em Março de 2011, a PPLM rege-se pelos seguintes  princípios:

  1. Promover uma rede nacional de atores sociais (stakeholders) comprometidos na compreensão, prevenção, redução e gestão do lixo marinho;
  2. Partilhar informação, de modo a que cada indivíduo e ou organização possa fazer escolhas que reduzam os resíduos gerados, contribuindo para evitar e reverter a ocorrência de lixo marinho;
  3. Encorajar todos os cidadãos, indústria e governos a assumirem a sua co-responsabilidade e contribuírem ativamente para encontrar soluções para o problema do lixo marinho;
  4. Partilhar soluções técnicas, legais, políticas, de base económica ou incentivos à comunidade, que ajudem a prevenir, reduzir e gerir o lixo marinho;
  5. Promover mecanismos que enfatizem a prevenção ou minimização de resíduos;
  6. Facilitar iniciativas que transformem os resíduos em recursos de uma forma sustentável para o ambiente, numa visão circular da economia;
  7. Estabelecer metas nacionais para a redução do lixo marinho;
  8. Melhorar e promover o conhecimento, compreensão e monitorização da escala, natureza, fontes e impactes do lixo marinho, e consciencializar o grande público para os impactes na saúde humana, biodiversidade e desenvolvimento económico;
  9. Colaborar com organizações nacionais e internacionais, para promover a eficácia de iniciativas multilaterais, cujos objetivos sejam a prevenção, redução e gestão de lixo marinho;
  10. Contribuir para o desenvolvimento e a implementação em Portugal, do Plano de Ação Regional da OSPAR para a redução do Lixo Marinho, no seguimento da Estratégia de Honolulu, bem como da sua revisão periódica.

Lisboa, 16 de Setembro de 2016

 

* A carta de compromisso da PPLM pode ser assinada por qualquer pessoa ou organização que se identifique com os princípios nela enunciados

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      PARCERIA PORTUGUESA PARA O LIXO MARINHO LISTA DE ASSINATURAS

      Rute Rocha

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      Sofia Mota

      Maria da Graça Martinho

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      Rosa Pires

      Alexandra Correia

      Filipe Alves

      Maria do Rosário Oliveira

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      Ana Marçalo

      Nuno Lavrador

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      Miguel Ferraz

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      Maria Peixoto

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      Flávia Silva

      B. J. Blackwell

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      Cátia Lúcio

      Cristina David Pinto

      Cristina Branquinho

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      Helen Rost Martins

      Maria Manuela Ribeiro

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      Ana Margarida Coelho

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      Ana Almeida

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      Maria Filomena da Silva Patrício

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      André Onofre

      Carlos Sousa

      Carmen Dulce Holderbaum

      João Pedro Teixeira

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      Teresa Lemos

      Carla Sofia Pacheco

      Ana Isabel Alves

      Carla Sofia  Dâmaso

      Isabel Palma Raposo

      Jorge Barata

      Henrique Ramos

      Maria Helena Costa

      Filipa Maria Lopes Lacerda

      Estrela Matilde

      Élia de Sousa Pimenta

      Ana Pêgo

      Rafaela Barreto Chumbo

      Filomena Rodrigues Lobo

      Luís Miguel Pereira Rodrigues

      Rute Martins

      Patrícia Louro

      Luis Gabriel Antão Barboza

      Luis Alberto de Sousa Gonçalves

      Luís Gonçalves da Silva Alves

      Ana Virgínia Bejinha Colaço

      Tomás Santos

      Sofia Quaresma

      Carla Sousa Santos

      Sabina Quitério Alves

      José António Matos

      Dalila Vicente

      Pedro Nogueira de Lemos

      Telma Fontes

      José Teixeira

      Isabel Domingos

      Ana Quaresma

      Elisabete Sousa Marques

      Isaac Barata da Silveira

      Maria Amélia Martins-Loução

      Ana Rita Rodrigues Seirôco

      Ana Luísa Barreto Marçalo

      Ricardo Miranda Furtado Graça

      Ana Rita Barrela

      João Pedro Carvalho Fernandes

      Filipe Mora Porteiro

      Ana Carolina Vieira Almeida Graça

      Henrique Folhas

      Hélia Marchante

      Rubina Brito

      Cristina Lima

      Sebastião Lobo

      Sandra Dias

      Ana Fronteira e Silva de Seixas Palma

      Susana Nunes Martins

      Maria Correia de sa

      Nadja Velez

      Mariana Cerqueira

      Maria da Conceição Rosas do Amaral

      Daniel Coelho Gomes

      Simao Dias

      Ana Paula Correia Martins

      Dafne Vaz

      Andreia Almeida

      Eva Cacabelos Reyes

      Miguel Filipe Jesus dos Santos

      IMAR-Instituto do Mar

      Ecogestus, Lda

      Braval, S. A.

      Plasticum

      ASPEA

      CASFIL – Indústria de Plásticos, S.A.

      Esposende Ambiente EM

      Associação ALDEIA

      Associação Bandeira Azul da Europa

      PLASFIL – Plasticos da Figueira SA

      Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica

      A ROCHA – Associação Cristã de Estudo e Defesa do Ambiente

      Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA)

      Câmara Municipal da Ribeira Grande

      Blue Geo Lighthouse, Lda.

      Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

      Sciaena

      Direção Regional do Ambiente

      OMA – Observatório do Mar dos Açores

      Câmara Municipal de Ílhavo

      ERSAR

      Almargem – Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve

      Sun Concept – Solar Boat Builders

      Ocean Alive

      Direção Regional dos Assuntos do Mar, Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia

      Sailors for the Sea Portugal

      Brigada do Mar

      Valorsul, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S.A.

      EGF – Environment Global Facilities

      VALNOR, SA

      ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro S.A.

      Suldouro S.A

      Amarsul – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.

      Algar, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.

      Resiestrela – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos S.A.

      Município do Porto Santo

      Valorlis, valorização e tratamento de resíduos sólidos SA

      NAS FCT – Núcleo Ambiente e Sustentabilidade

      Câmara Municipal de Torres Vedras

      Sinteducares Lda.

      * A carta de compromisso da PPLM pode ser assinada por qualquer pessoa ou organização que se identifique com os princípios nela enunciados

      DOCUMENTOS

      THE HONOLULU STRATEGY

      MLRAP

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